Líderes e coaches sabem da importância de contar com a autenticidade das pessoas para conquistarem resultados duradouros.
Pessoas autênticas são mais confiantes, conhecem e aceitam o seu potencial e limitações e, quando bem desenvolvidas, conhecem e aceitam com naturalidade o potencial e limitações das outras pessoas. Isso as torna seguras para realizarem suas atividades e para trabalhar em equipe.
Autêntico é aquilo que não é falso – é verdadeiro e não uma imitação barata; pessoas com esta qualidade evitam e até recusam-se a usar máscaras, apresentando a tranquilidade para mostrar quem são e quem não são.
O que poucos líderes e coaches sabem é que, em seus ambientes, eles são os principais responsáveis por desenvolver a autenticidade das pessoas. Eles são o exemplo que as pessoas mais observam.
Se o líder e o coach são autênticos, eles convidam as pessoas para experimentarem desta postura em seus papeis, e juntos desfrutarem de um relacionamento verdadeiro. Se os líderes não julgarem as pessoas, acolhê-las e intencionalmente ajudá-las a destravar o seu potencial, não só os dois se beneficiarão desta relação, mas todos os que com eles convivem.
Pessoas que se sentem aceitas sentem-se confiantes e livres para “se expressarem” naquilo que fazem, ou seja, mostram ao mundo aquilo que as torna únicas. Essa é a maior riqueza de uma equipe e de uma relação: a identidade das pessoas. Afinal, quem quer pessoas-cópias ou pseudo-humanos em sua equipe?
O contrário também é verdadeiro. Grupos moralistas, que transpiram expectativas de perfeição, inibem que as pessoas se mostrem como são. Em consequência, as pessoas munem-se de máscaras de infalibilidade para se protegerem e se sentirem aceitas no grupo.
O movimento seguinte do grupo é alimentar o ciclo das relações artificiais. Eu explico: é doloroso e caro para uma pessoa carregar suas máscaras. Ela tem o desejo de ser natural e anseia por ser aquilo que Deus a criou para ser; por outro lado, ela deseja ser querida e admirada pelo seu grupo e acaba escolhendo pagar o preço exigido por ele. Com isso, ela reduz sua tolerância com aqueles que não fazem o mesmo que ela e então, em um impulso de “justiça”, passa a ser a fiscal da imperfeição das outras pessoas, cobrando que sejam tão perfeitas quanto ela o finge ser.
O julgamento toma conta da relação e do grupo, culminando em um grande palco de aparências. Quem não conhece pessoas mascaradas, fingindo ser o que não são? Às vezes, pode ser até você mesmo.
A má notícia (isto é, a BOA notícia) é que pessoas infalíveis não existem. Líderes heróis, só nos filmes. Coaches “super power”, como os da internet, também são fake. O que existem são pessoas, caminhos, escolhas, aprendizados… e Cristo – o único que é capaz de preencher os vazios dos corações, e de levar o ser humano a ser verdadeiramente a sua melhor versão.
Como líderes e coaches precisamos estar atentos à presença do julgamento – e condenação – entre as pessoas de nossas equipes, incluindo a nós mesmos. O líder/coach precisa zelar para que as pessoas sintam-se acolhidas e saibam acolher umas às outras como são de verdade. Uma relação só pode ser autêntica se as pessoas envolvidas são autênticas entre si.
O papel do líder é fundamental neste processo. Como espelho da equipe, ele é o modelo que inspira as pessoas a se relacionarem. Assim, mais do que valorizar e incentivar a autenticidade entre as pessoas, o líder deve mostrar “como se faz” a partir de si mesmo, sendo autêntico em sua vida, aceitando as pessoas com suas características, sem condená-las por isso, e ajudando-as a descobrir tudo o que Deus concedeu e pode conceder para que elas sejam.
Pessoas confiantes, que admitem suas falhas e aceitam com amor as falhas das outras pessoas, experimentam relacionamentos mais honestos e realistas. E neste contexto, o líder/coach encontrará em seu grupo pessoas ensináveis, disponíveis para passarem de pedras brutas a joias preciosas que brilham e adornam a vida das pessoas em sua volta.
Para um aprofundamento maior do tema, recomendamos a leitura dos seguintes textos bíblicos:
Lucas 6:37-42, Lucas 10:25-37, João 4:1-26, João 8:1-11, Romanos 14:10 -19, 2 Timóteo 2:14-26, Hebreus 10:19-25, Tiago 4:11-12, 1 João 4:7-20.
Que Deus te abençoe!
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